"Stairway
to Heaven" é uma música da banda inglesa de Rock LED ZEPPELIN. Ela foi
composta pelo guitarrista Jimmy Page e pelo vocalista Robert Plant para o
quarto álbum de estúdio da banda, sem título. A música foi escolhida em 3º
lugar no ano 2000 pela VH1 em sua lista das 100 Melhores Músicas do Rock. Ela
foi a música mais pedida nas FMs dos EUA nos anos 70, apesar de nunca ter sido
lançada como single por lá. Em novembro de 2007, através de downloads pagos que
promoveram o lançamento da compilação “Mothership” do LED ZEPPELIN,
"Stairway to Heaven" alcançou o nº 37 na parada britânica de singles.
Composição e lançamento
A gravação de "Stairway to Heaven" começou em dezembro de 1970
no estúdio Basing Street da Island Records em Londres.A canção foi completada
em 1971 quando Plant adicionou a letra durante as gravações para Led Zeppelin
IV no estúdio Headley Grange em Hampshire. Page então voltou para os estúdios
da Island para gravar seu solo de guitarra.
A música foi criada em 1970 quando Jimmy Page e Robert Plant estavam em Bron-Yr-Aur, uma pequena residência localizada no País de Gales, após a quinta turnê norte-americana do Led Zeppelin. De acordo com Page, a parte instrumental foi escrita por ele “durante um longo período, a primeira parte surgindo numa noite em Bron-Yr-Aur". Page sempre mantinha um gravador de fitas cassete por perto e a idéia para "Stairway" surgiu de fragmentos de música gravada.
John Paul Jones, baixista do LED ZEPPELIN explicou que, após sua criação
em Bron-Yr-Aur, a música foi apresentada a ele:
“[Page e Plant] voltariam das montanhas galesas com a introdução e o
riff da guitarra. Eu literalmente a ouvi em frente de uma grande fogueira em
uma casa de campo! Eu peguei uma flauta baixo e toquei um riff bem simples que
nos deu uma introdução, depois fui até um piano para a seção seguinte,
acompanhando as guitarras”.
Numa entrevista de 1977, Page explicou:
“Eu ainda tenho a fita original que estava gravando no momento em que
tocamos a ‘Stairway To Heaven” completa com a banda. Eu já tinha preparado tudo
na noite anterior com John Paul Jones, anotado as mudanças e coisas assim.
Naquele momento estávamos morando na mesma casa e trabalhando juntos
regularmente então, no dia seguinte, começamos a trabalhar nela. Havia apenas
uma parte onde havia um pequeno problema. Por alguma razão desconhecida, Bonzo
não conseguia acertar o ritmo na parte com as doze cordas antes do solo. Mas,
fora isso, tudo fluiu muito bem”.
Os arpejos de guitarra da abertura da música são muito semelhantes à
melodia de guitarra da música instrumental "Taurus", da banda
americana SPIRIT, para quem o LED ZEPPELIN abriu numa turnê em 1968.
O primeiro esboço de letra, escrito pelo vocalista Robert Plant próximo
a uma lareira numa noite em Headley Grange [N.: famoso estúdio inglês], foi
parcialmente improvisado e Page afirmou que "grande parte da letra foi
escrita naquele momento". Jimmy Page estava dedilhando as cordas e Robert
Plant estava com lápis e papel. Plant disse que, de repente,
“Minha mão estava escrevendo as palavras: ‘Há uma senhora que está certa, tudo o que reluz é ouro, e ela está comprando uma escadaria para o céu’. Eu simplesmente sentei, olhei para elas e quase pulei da cadeira”. A própria explicação de Plant para as letras foi que “era uma divagação cínica sobre uma mulher que sempre conseguia tudo o que queria sem dar a isso a devida reflexão ou consideração. O primeiro verso começa com aquele cínico movimento da mão... que foi suavizando depois”.
A letra da música refletia aquilo que Planta estava lendo no momento. O
cantor estava estudando minuciosamente a obra do antiquário britânico Lewis
Spence, e depois citou o livro “Magic Arts in Celtic Britain” [N.: Artes
Mágicas na Grã-Bretanha Celta] de Spence como uma das fontes para a letra da
música.
Em novembro de 1970, Page deu uma dica sobre a existência da nova música
a um jornalista em Londres:
“É uma idéia para uma faixa realmente longa... Você sabe como ‘Dazed and
Confused’ e outras músicas nesse estilo eram divididas em seções? Bem, queremos
tentar algo novo com órgão e violão que aos poucos aumentam de intensidade e,
em seguida, entram as partes elétricas... Poderá ser uma faixa de quinze
minutos.
A gravação de estúdio completa foi lançada no Led Zeppelin IV em
novembro de 1971. A gravadora da banda, Atlantic Records, estava muito
interessada em laçar essa faixa como single, mas o empresário da banda, Peter
Grant, recusou-se a fazer isso em 1972 e em 1973. O resultado dessa decisão foi
que as pessoas começaram a investir no quarto álbum como se fosse um single.
Nos EUA, a Atlantic lançou "Stairway to Heaven" como single
promocional de 7" em 1972.
Música
A música consiste de várias seções distintas, começando com uma
introdução suave com um violão de 6 cordas dedilhado e três flautas em estilo
renascentista. (terminando aos 2:15) e gradualmente passando a uma seção
intermediária elétrica lenta (2:16-5:33), antes da seção final mais rápida, ao
estilo hard rock (5:34 até o fim). Page afirmou que a música “acelera como num
fluxo de adrenalina”.
Composta em A menor, a música abre com uma progressão de cordas
dedilhadas no violão em arpejo com uma linha de baixo descendente cromática
A-G#-G-F#-F. John Paul Jones contribuiu com as flautas de madeira em overdub na
seção de abertura (ele usou um Mellotron e depois um Yamaha CP70B Grand Piano e
um Yamaha GX1 para sintetizar esse arranjo em performances ao vivo) e um piano
elétrico Hohner Electra-Piano na seção intermediária.
As seções vão se desenvolvendo com mais camadas de
guitarras, cada uma complementar à introdução, e com a bateria e o baixo
entrando aos 4:18. Durante o interlúdio antes do início do solo de guitarra, o
compasso se alterna entre o compasso comum e vários outros compassos: 3/4, 5/4
e finalmente 7/8. O solo estendido de Jimmy Page na seção final da música foi
tocado na gravação com uma Fender Telecaster 1958 (instrumento que ele usou
muito quando estava nos YARDBIRDS) plugada num amplificador Supro mas, numa
entrevista concedida por ele à revista Guitar World, Page afirmou que “Poderia
ter sido um Marshall, mas não me lembro”. Três diferentes solos improvisados
foram gravados e Page sofreu para decidir qual deles manter. Page depois
revelou que “Eu já tinha a primeira frase pronta e depois havia a frase de
ligação. Eu ensaiei com eles antes da fita rolar”. As outras partes de guitarra
foram tocadas com um violão Harmony Sovereign H1260 e com uma Fender Electric
XII (12 cordas), que podem ser ouvidos nos canais de gravação esquerdo e
direito, respectivamente. Ao vivo, Page usava uma guitarra Heritage Cherry
Gibson EDS-1275 6/12 “doubleneck”. A progressão final é uma progressão i-VII-VI
(menor natural) progression (Am-G-F), muito usada no Rock.
O engenheiro de som Andy Johns lembra das circunstâncias que envolveram
a gravação do famoso solo de Page:
“Eu lembro que Jimmy teve um pouco de problema com o solo de ‘Stairway
to Heaven’... Ele ainda não tinha terminado de compor. Hoje em dia você às
vezes passa um dia inteiro fazendo uma coisa só. Naquele tempo, nunca fazíamos
isso. Nós nunca passávamos muito tempo gravando alguma coisa. Eu me lembro de
sentar na sala de controles com o Jimmy em pé perto de mim fazendo alguns
gestos e não estávamos chegando a lugar algum. Eu podia ver que ele estava
ficando um pouco paranóico então eu também estava ficando paranóico. Eu virei
pra ele e disse ‘Você está me deixando paranóico!’ E ele disse ‘Não, você está
me deixando paranóico!’ Era um círculo vicioso de paranóia. E então bang! Na
tomada seguinte ele conseguiu.
De acordo com Page, "Stairway to Heaven" cristalizou a
essência da banda. Ela tinha tudo e mostrou a banda em sua melhor forma... como
uma banda, como uma unidade. Não estou falando apenas de solos ou coisas desse
tipo, ela tinha tudo. Nós tivemos o cuidado de nunca lançá-la como single. Ela
foi um marco para nós. Todo músico quer fazer algo de qualidade duradoura, algo
que permanece relevante por muito tempo e acho que conseguimos isso com
‘Stairway’. [Pete] Townshend provavelmente achou que conseguiu isso com Tommy.
Eu não sei se tenho a habilidade para fazer isso de novo. Eu tenho que
trabalhar muito antes de poder chegar perto desses estágios de total e
consistente brilhantismo”.
Performances ao vivo
A performance pública inaugural da música ocorreu no Ulster Hall de
Belfast [N.: Irlanda do Norte] em 5 de março de 1971. O baixista John Paul
Jones lembra que a platéia não ficou impressionada: “Eles ficaram de saco cheio
de esperar para ouvir algo que conheciam”. Entretanto, Page afirmou que, numa
das primeiras apresentações no LA Fórum [N.: Los Angeles, Califórnia], antes
mesmo do álbum ser lançado, que:
“Não estou dizendo que a platéia inteira aplaudiu de pé – mas uma boa
parte sim. E eu pensei, ‘Isso é incrível, porque ninguém ainda ouviu essa
música. Esta é a primeira vez que eles estão ouvindo!’ A música obviamente os
emocionou, então eu soube que ela tinha algo de especial.
A estreia de "Stairway to Heaven" nas rádios foi gravada no
Paris Cinema [N.: Teatro localizado em Londres] em 1º de abril de 1971 para um
auditório e transmitida três dias depois pela BBC.
"Stairway to Heaven" foi executada em quase todos os concertos
seguintes do LED ZEPPELIN, somente sendo omitida em raras ocasiões, quando os
shows eram interrompidos por toques de recolher ou problemas técnicos. A última
apresentação da banda tocando a música foi em Berlim em 7 de julho de 1980, que
também foi seu último show por 27 anos; a versão também foi uma das mais longas,
com duração de quase quinze minutos.
Quando tocava a música apartamento vivo, a banda frequentemente a
estendia para mais de dez minutos, com Page tocando um solo de guitarra mais
extenso e Plant acrescentando alguns improvisos líricos, como “Alguém se lembra
de rir?”, “Esperem um minuto!” e “Espero que sim”. Para tocar essa música ao
vivo, Page usava uma Gibson EDS-1275 “double neck” para que ele não precisasse
parar para mudar de uma guitarra de seis para uma de doze cordas.
Por volta de 1975, a música normalmente encerrava os shows do LED
ZEPPELIN. Entretanto, depois de sua turnês nos EUA em 1977, Plant começou a se
cansar de "Stairway to Heaven": “Há um limite para quantas vezes você
pode cantá-la com entusiasmo... Depois acaba virando hipocrisia”.
A música foi tocada de novo pelos membros remanescentes do LED ZEPPELIN
no concerto Live Aid concert em 1985; no concerto pelo aniversário de 40 anos
da Atlantic Records em 1988, com Jason Bonham na bateria; e por Jimmy Page em
versão instrumental nas suas turnês solo.
No final dos anos 80, Plant deixou clara sua impressão negativa da
música em entrevistas. Em 1988, ele afirmou:
“Eu ficaria com urticária se tivesse que cantar ‘Stairway to Heaven’ em
todos os shows. Eu escrevi aquela letra e achei que aquela música teria alguma
importância e consequência em 1971 mas, 17 anos depois, eu não sei.
Simplesmente não é para mim. Eu a cantei no show da Atlantic Records porque eu
sou sentimental e essa foi minha maneira de dizer obrigado para a Atlantic, já
que estive com eles por 20 anos. Mas chega de ‘Stairway to Heaven’ para mim”.
Entretanto, em meados dos anos 90, a opinião de Plant aparentemente
ficou mais branda. Os primeiros compassos foram tocados isoladamente durante as
turnês de Page e Plant no lugar das notas finais de "Babe I'm Gonna Leave
You" e, em novembro de 1994, Page e Plant executaram uma versão acústica
da música numa estação de notícias de Tóquio para a televisão japonesa.
"Stairway to Heaven" também foi tocada no show de reunião do Led
Zeppelin na O2 Arena de Londres em 10 de dezembro de 2007.
Plant diz que a execução mais inusitada da música foi aquela do Live
Aid: “... com dois bateristas enquanto o Duran Duran chorava ao lado do palco –
havia algo de surreal naquilo”.
Imagens em vídeo da música sendo tocada ao vivo foram preservadas no
filme “The Song Remains the Same”, que mostra uma apresentação no Madison
Square Garden em 1973, e no DVD Led Zeppelin, que mostra uma apresentação na
Earls Court Arena em 1975. Versões em áudio oficiais também estão disponíveis
na trilha sonora de “The Song Remains the Same”, no “Led Zeppelin BBC Sessions”
(uma apresentação no Paris Theatre de Londres em 1971) e em “How the West Was
Won” (uma apresentação na Long Beach Arena em 1972). Também há centenas de
versões em áudio que podem ser encontradas em “bootlegs” não-oficiais do Led
Zeppelin.
Sucesso e Legado
De acordo com o jornalista Stephen Davis, embora a música tenha sido
lançada em 1971, demorou até 1973 para que sua popularidade crescesse até o
status de “hino”. Como o próprio Page se recorda, “Eu sabia que era boa, mas eu
não sabia que iria se tornar quase um hino... Mas eu sabia que era a principal
do álbum, com certeza”.
"Stairway to Heaven" continua no topo das listas das maiores
músicas de rock, além de encabeçar uma recente pesquisa da revista Guitar
World. No aniversário de 20 anos do primeiro lançamento da música, as estações
de rádio dos EUA anunciaram que a música havia sido tocada aproximadamente
2.874.000 vezes – do início ao fim, o que resultaria em 44 anos de execução.
Até o ano 2000, a música havia sido tocada em rádios mais de três milhões de
vezes. Em 1990, uma estação de St Petersburg, Flórida, começou sua programação
exclusiva do LED ZEPPELIN tocando "Stairway to Heaven" 24 horas seguidas.
Ela é também é a partitura mais vendida na história do Rock, registrando uma
média de 15.000 cópias anuais. No total, mais de um milhão de cópias foram
vendidas.
A duração da música impediu que fosse lançada em versão completa como
single. Apesar da pressão da Atlantic Records, a banda não autorizou que a
música fosse editada para ser lançada como single, tornando "Stairway to
Heaven" uma das mais conhecidas e populares músicas de Rock que nunca
foram lançadas como single. Entretanto, ela chegou a aparecer como disco
promocional nos EUA, prensada como faixas de 7:55 em cada lado; em um EP
acústico australiano; e nos anos 90 como um livro promocional de aniversário.
A gravação da música feita pelo grupo também apareceu como a única faixa
do LED ZEPPELIN no álbum promocional de 2 LPs da Atlantic Records, lançado em
1977 com o título de “We've Got Your Music”, sendo essa a primeira vez que
"Stairway To Heaven" apareceu em uma compilação de vários artistas
lançada nos EUA.
No aniversário de 20 anos do lançamento da música,
a revista Esquire publicou um artigo sobre seu sucesso inesperado e sua
influência duradoura. Karen Karbo escreveu:
“É difícil de acreditar que alguém soubesse que essa música iria se
tornar a mais popular música de Rock de todos os tempos. Afinal, ela tem oito
minutos de duração e nunca foi lançada como single. ‘Hey Jude’ era mais curta,
foi lançada em disco de 45 rotações e tinha os benefícios de possuir palavras
compreensíveis e um refrão cativante. Mas ‘Hey Jude’ não é a música mais pedida
de todos os tempos nas estações de rock em FM. Ninguém nem mesmo usou ‘Hey
Jude’ como tema promocional ou tocou a música em casamentos e funerais, como
aconteceu com ‘Stairway’. Mas ‘Stairway’ não conseguiria fazer sucesso hoje.
Nos idos de 1971, os DJs das FMs tinham orgulho de explorarem os álbuns ao
máximo para descobrir músicas diferentes e ‘cult’. Com sua enorme duração, mudanças
bruscas e letra ‘cabeça’, o hino quase-medieval era a escolha perfeita. E
continua sendo favorita entre ouvintes que são mais jovens do que a própria
música; ouvintes que, em alguns casos, foram provavelmente concebidos enquanto
a música tocava alto em alto-falantes de carros”.
Em 2004, a revista Rolling Stone a colocou em 31º lugar em sua lista das
500 Melhores Músicas de Todos os Tempos. Um artigo da revista Guitar World de
29 de janeiro de 2009 classificou o solo de guitarra de Jimmy Page em primeiro lugar
em sua lista dos 100 Melhores Solos de Guitarra na História do Rock’N’Roll.
Erik Davis, historiador e crítico cultural fez o seguinte comentário
sobre o enorme sucesso da música, sua subseqüente repercussão e seu eterno
status de lenda:
“‘Stairway to Heaven’ não é a maior canção de rock dos anos 70; é o
maior feitiço dos anos 70. Pense um pouco: todos nós estamos de saco cheio dela
mas, de alguma maneira enigmática, ela ainda é a número um. Todo mundo sabe
disso... Mesmo a nossa antipatia e deboche são ritualísticos. As paródias
idiotas; o folclore inspirado pelo filme ‘Wayne’s World’ [N.: ‘Quanto Mais
Idiota Melhor’] sobre as lojas de guitarra exigindo que os clientes não a
tocassem; até mesmo a rejeição pública de Robert Plant – tudo isso simplesmente
comprova a regra. ‘Stairway to Heaven’ não é somente a número um. É a Única, a
essência, o mais perto que o AOR poderá te levar em direção ao absoluto”
Outras versões
Essa música já foi coverizada várias vezes. A interpretação de Rolf
Harris tocada com um tipo de flauta australiana e sua “wobble board” alcançou a
posição 7 nas paradas britânicas em 1993. A versão de Rolf Harris foi uma das
25 versões que foram executadas ao vivo por artistas convidados no “talk show”
australiano do começo dos anos 90 “The Money or the Gun” – todas sendo versões
únicas da música no estilo idiossincrático de cada artista convidado. Dolly
Parton lançou um cover acústico simplificado em 2002; Plant elogiou a versão de
Parton, observando que ele teve uma surpresa agradável ao ver o resultado da
versão dela.
Em 1977, Little Roger e os Goosebumps gravaram uma paródia da música na
qual a letra da música tema da série de televisão ‘Gilligan's Island’ [N.: ‘A
Ilha dos Birutas’] foi cantada no lugar da letra original. Em menos de cinco
semanas, os advogados do LED ZEPPELIN ameaçaram processá-los e exigiram que
todas as cópias remanescentes da gravação fossem destruídas. Entretanto,
durante uma entrevista à National Public Radio em 2005, Plant se referiu a essa
versão como sendo sua cover preferida de "Stairway to Heaven."
A comédia SCTV fez uma sátira elaborada da música em seu álbum de
paródias “Stairways to Heaven”. Esse álbum, divulgado no estilo da K-tel,
contém trechos de várias covers, supostamente de artistas que variavam desde
Slim Whitman até o grupo de paródias dos anos 50 "The Five Neat
Guys," além da versão original (embora tenha sido divulgada como uma
versão). Esse projeto, devido a problemas com direitos autorais, não foi
lançado em DVDs para a série.
A London Symphony Orchestra gravou uma versão de Stairway to Heaven como
parte de sua série Classic Rock em 1980, no EMI Studio One, Abbey Road,
Londres. Também foi arranjada e gravada pelo Hampton String Quartet em seu
álbum "What if Mozart Wrote 'Born to be Wild'."
Uma versão da Far Corporation foi lançada em 1985 e alcançou o 8º lugar
nas paradas britânicas.
Frank Zappa criou um arranjo “big band/reggae” da música como um dos
destaques de sua turnê de 1988. Esse arranjo, incluído no álbum “The Best Band
You Never Heard In Your Life”, contém uma seção na qual a banda de Zappa toca o
solo de Jimmy Page com cornetas.
O físico e compositor australiano Joe Wolfe compôs um conjunto de
variações de "Stairway to Heaven." Esse trabalho, intitulado “The
Stairway Suite”, foi composto para orquestra, “big band”, coral e SATB [N.:
soprano, alto, tenor e baixo]. Cada variação segue o estilo de um famoso
compositor: Franz Schubert, Gustav Holst, Glenn Miller, Gustav Mahler, Georges
Bizet e Ludwig van Beethoven. Por exemplo, a variação inspirada por Schubert é
baseada na Sinfonia Inacabada e a variação inspirada por Beethoven inclui
solistas vocais, coral e lembra a Nona Sinfonia. Wolfe postou a partitura
completa dessa obra na Internet.
O blog da rádio WFMU contém uma página com links para mais de 100
versões de "Stairway to Heaven." Essa página contém arquivos em mp3
de cada versão.
A cantora romeno-austríaca Luminita Soare fez uma versão da música no
final de 2006.
Em 2007, Rodrigo y Gabriela coverizou a música no álbum “Rhythms del
Mundo Classics” do Buena Vista Social Club.
Plágio de uma música anterior?
Já foi sugerido que a introdução da música é
bastante parecida com a instrumental "Taurus", gravada em 1968 pelo
grupo SPIRIT. Nas notas explicativas do relançamento de 1996 do álbum de
estréia do Spirit, o compositor Randy California escreveu:
“As pessoas sempre me perguntam porque ‘Stairway to Heaven’ soa
exatamente como ‘Taurus’ que foi lançada dois anos antes. Eu sei que o LED
ZEPPELIN também tocou ‘Fresh Garbage’ ao vivo. Eles abriram para nós em sua primeira
turnê norte-americana”.
Alegações de “Backward Masking”
No começo dos anos 80, alguns evangelistas nos EUA alegaram que havia
mensagens escondidas em muitas músicas de rock populares através de uma técnica
chamada “backward masking”. Um exemplo de tais mensagens escondidas que sempre
era citado estava em "Stairway to Heaven." A suposta mensagem aparece
durante a seção intermediária da música ("If there's a bustle in your
hedgerow, don't be alarmed now...") [N.: “Se há um alvoroço em sua
cerca-viva, não fique alarmado agora...”] que, quando tocada ao contrário contém
as supostas referências satânicas "Here's to my sweet Satan" [N.:
Brindemos ao meu doce Satã] e "I sing because I live with Satan" [N.:
Eu canto porque vivo com Satã].
Em 1982, o Comitê para Proteção ao Consumidor e Materiais Tóxicos da
Assembléia Legislativa da Califórnia realizou uma audiência sobre música
popular, durante a qual "Stairway to Heaven" foi tocada ao contrário.
Durante a audiência, William Yarroll, um auto-intitulado “pesquisador
neurocientífico” alegou que mensagens ao contrário poderiam ser decifradas pelo
cérebro humano.
Existem várias versões da suposta mensagem. Uma dessas interpretações
diz:
Oh here's to my sweet Satan
The one whose little path would make me sad, whose power is Satan
He will give those with him 666
There was a little tool shed where he made us suffer, sad Satan
The one whose little path would make me sad, whose power is Satan
He will give those with him 666
There was a little tool shed where he made us suffer, sad Satan
Oh, brindemos ao meu doce Satã
Aquele cujo caminho me deixa triste, cujo poder é Satã
Ele dará àqueles que o seguem o 666
Havia uma pequena ferramenta derrubada onde ele nos fez sofrer, triste Satã
Aquele cujo caminho me deixa triste, cujo poder é Satã
Ele dará àqueles que o seguem o 666
Havia uma pequena ferramenta derrubada onde ele nos fez sofrer, triste Satã
A própria banda, na maior parte das vezes, ignorou tais alegações; em
resposta às alegações, a Swan Song Records publicou a seguinte declaração:
“Nossos toca-discos somente tocam em uma direção – para frente”. O engenheiro
de som do Led Zeppelin, Eddie Kramer disse que as alegações eram “Total e
completamente ridículas. Por que eles iriam querer gastar tanto tempo no
estúdio para fazer algo tão imbecil?”. Robert Plant expressou frustração com as
acusações em uma entrevista concedida em 1983 à revista Musician: “Para mim é
muito triste, porque 'Stairway to Heaven' foi escrita com a melhor das
intenções e, com relação a inverter as fitas e colocar mensagens no final, essa
não é a minha idéia de como fazer música”.
Fonte:@Whiplash_Net on Twitter