NOTÍCIAS DO ROCK

sábado, 12 de novembro de 2016

Com "November Rain" no set, Guns faz show em SP debaixo de forte chuva


O tratado de paz que Axl Rose fez com Slash --e que possibilitou o retorno dos Guns N' Roses aos palcos com sua formação clássica --, não ficou restrito apenas à amizade entre os dois, que já ultrapassaram os 50 anos de idade. As pazes de Axl também foram estendidas ao público.
Na noite desta sexta-feira (11), a primeira demonstração deste respeito foi com o horário. O Guns N' Roses subiu ao palco do Allianz Parque, em São Paulo, para o segundo show brasileiro da turnê "Not in This Lifetime Tour", com "apenas" 30 minutos de atraso. Nada mal se comparado com o passado, quando era comum o grupo fazer o público aguardar por mais de três horas.
Outra demonstração da mudança de Axl ocorreu recentemente, em Porto Alegre. Se em 1992, enfurecido, o cantor jogou uma cadeira de uma sacada do Maksoud Plaza, na capital gaúcha ele desceu ao lobby do hotel e tomou café da manhã com os fãs.
O show foi aberto com "It's So Easy", com berros dos 40 mil fãs semelhantes a histeria de uma beatlemania (a lotação era de 45 mil). Esta é a sétima vez que o grupo vem ao Brasil, a terceira se contarmos apenas a formação clássica da banda, Slash, Axl e Duff.
O entrosamento entre Axl e o restante do grupo foi bom. Inclusive com Slash, com quem cantou junto à guitarra.
Slash sempre teve uma boa relação com os fãs. Em sua autobiografia, lançada em 2008, o guitarrista revelou que sempre estava pronto para entrar no palco no horário, mas Axl se trancava no camarim e não atendia ninguém por horas. Ainda na biografia, o guitarrista disse que só achava uma banda boa se ela realmente fosse muito boa ao vivo, como o Guns era. E hoje, mesmo cinquentões, eles estavam ótimos.
A energia de Slash era tanta, que ninguém diria que ele carrega um marca-passo no coração desde os 35 anos, resultado do abuso das drogas.
No set, a banda fez cover de Bob Dylan ("Knockin' on Heaven's Door "), Paul McCartney ("Live and Let Die"), Pink Floyd ("Wish You Were Here") e The Who ("The Seeker"), coincidentemente quatro das seis bandas que se apresentaram no festival Desert Trip, considerado o festival do século, que ocorreu recentemente em Indio, na Califórnia.
Chuva
A chuva caiu forte no estádio praticamente durante o show inteiro. Ironicamente, no exato momento em que Axl se sentou ao piano para tocar "November Rain" (Chuva de Novembro), a chuva parou.
Mas o público providenciou um efeito especial para o momento de execução de uma das baladas mais conhecidas do Guns N' Roses. Em uma ação combinada pelas redes sociais, os fãs encheram balões vermelhos preenchendo quase todo o estádio. Quem não estava próximo do piano de Axl Rose iluminou o balão com a lanterna do celular para garantir que toda a banda visse a homenagem preparada especialmente para o show na capital paulista.
Em vários momentos, Axl se retirou do palco para deixar Slash sozinho, como em "Layla" e em "Wish You Were Here", com o público acompanhando a guitarra como se ela estivesse cantando.
Ao contrário das outras passagens de Axl ao Brasil, ele pouco falou ao público, se limitando a apresentar a banda e fazer alguns agradecimentos pontuais.
Ao final, depois de 2h32 de show, em mais uma demonstração de respeito com o público, toda a banda se curvou três vezes para agradecer a plateia, com uma homenagem em uma foto de Leonard Cohen ao fundo no telão, morto nesta quinta-feira (10).
Set List:
It's So Easy
Mr. Brownstone
Chinese Democracy
Welcome to the Jungle
Double Talkin' Jive
Better
Estranged
Live and Let Die (cover de Paul McCartey)
Rocket Queen
You Could Be Mine
You Can't Put Your Arms Around A Memory/Attitude
This I Love
Civil War
Coma
Solo do Slash com o tema do Poderoso Chefão
Sweet Child O' Mine
Medley ("Wish You Were Here/Layla")
November Rain
Knockin' on Heaven's Door (cover de Bob Dylan)
Nightrain
Medley (Babe I'm Gonna Leave You)/Don't Cry
The Seeker (cover do The Who)
Paradise City

Bon Jovi: Confira o novo videoclipe da banda

Imagem

Bon Jovi divulgou, em seu canal oficial no youtube, o novo videoclipe da banda. Trata-se da canção “Come On Up To Our House”, presente no novo álbum dos músicos de New Jersey, “This House Is Not For Sale”, que fora lançado no último dia 04 de novembro.

Confira o videoclipe abaixo:



terça-feira, 11 de outubro de 2016

Renato Russo: Há 20 anos morria o vocalista do Legião Urbana

Imagem

Em 11/10/1996: Renato Russo (Legião Urbana) morreu em conseqüência de complicações causadas pela Aids (era soropositivo desde 1990), mas jamais revelou publicamente sua doença. Seu corpo foi cremado e suas cinzas lançadas sobre o jardim do sítio de Roberto Burle Marx.

Até os seis anos de idade, Renato sempre viveu no Rio de Janeiro junto com sua família. Começou a estudar cedo no Colégio Olavo Bilac, ainda no Rio. Nessa época teria escrito uma bela redação chamada "Casa velha, em ruínas...", que nunca foi divulgada na integra.
Em 1967, mudou-se com sua família para Nova Iorque pois seu pai, funcionário do Banco do Brasil, fora transferido para agência do banco naquela cidade, onde foi introduzido à língua e cultura norte-americana.

Aos nove anos, em 1969, Renato e sua família voltam para o Brasil, indo morar numa casa na Ilha do Governador, Rio de Janeiro.
Em 1973 a família trocou o Rio de Janeiro por Brasília, passando a morar na Asa Sul. Em 1975, aos quinze anos, Renato começou a atravessar uma das fases mais difíceis e curiosas de sua vida quando fora diagnosticado como portador da epifisiólise, uma doença óssea. Ao saber do resultado, os médicos submeteram-no a uma cirurgia para implantação de três pinos de platina na bacia. Renato sofreu duramente a enfermidade, tendo que ficar seis meses na cama, quase sem movimentos.

Sua primeira banda foi o Aborto Elétrico, ao lado de Felipe Lemos e André Pretorius. Não durou muito, terminando por brigas entre Felipe e Renato. O Aborto foi a semente que deu origem à Legião Urbana, ao Plebe Rude e ao Capital Inicial, liderado por Dinho Ouro-Preto.
Renato Russo atingiu o auge de sua carreira como músico à frente da bandaLegião Urbana, sendo compositor de praticamente todas as letras. Através do grupo, que ainda tinha Dado Villa-Lobos (guitarra), Renato Rocha (baixo de 1984 a 1988) e Marcelo Bonfá (bateria), Renato passou a ser reconhecido como um dos maiores poetas do rock brasileiro, criando uma relação com os fãs que chegava a ser messiânica.

No dia 22 de Outubro de 1996, onze dias após a morte do cantor, Dado e Bonfá, ao lado do empresário Rafael Borges, anunciaram o fim das atividades do grupo. Estima-se que a banda tenha vendido cerca de 15 milhões de discos no país durante a vida de Russo.


segunda-feira, 10 de outubro de 2016

Slayer: maluco encara furacão na Flórida ao som da banda e vídeo viraliza

Resultado de imagem para maluco furaçao slayer

O vídeo abaixo foi registrado em Jacksonville, na Flórida, e mostra um sujeito encarando o furacão Matthew ao som de "Raining Blood", do Slayer


quarta-feira, 28 de setembro de 2016

METALLICA É CONFIRMADO NO LOLLAPALOOZA 2017

Metallica é confirmado no Lollapalooza 2017
Festival acontece em Março
O Metallica e o Lollapalooza confirmaram hoje que a banda passará no festival de 2017 em São Paulo, que acontecerá nos dias 25 e 26 de Março no Autódromo de Interlagos.
O festival confirmou também a presença das bandas Rancid, The Strokes, The Weeknd, Duran Duran e The XX. Ingressos estão à venda no site oficial do festival, clicando aqui
O Metallica também tocará nos festivais da Argentina e no Chile, promovendo o seu próximo álbum “Hardwired… To Self Destruct” que será lançado em 18 de Novembro.

terça-feira, 27 de setembro de 2016

Há 30 anos em 27/09/1986: O mundo perdia o baixista Cliff Burton

Imagem

Morto em 27 de setembro de 1986, Cliff Burton segue, ainda hoje, como um dos baixistas mais influentes do heavy metal. Às vezes chega a ser endeusado de forma até exagerada. Já contestei esse tipo de opinião em um texto anterior, mas tenho consciência de que isso acontece naturalmente com talentos que se vão cedo demais.

No entanto, o exagero por parte de alguns fãs, além de parte da "imprensa especializada", não tira os méritos de Cliff Burton. Foi, sim, um dos grandes músicos do estilo.
No baixo, Cliff Burton foi um híbrido clinicamente calculado entre Lemmy Kilmister e Geezer Butler, com uma dose extra de conhecimento em teoria musical. Quando entrou no Metallica, era o músico mais experiente no cenário musical até então, pois havia integrado uma série de bandas na Califórnia.


(No vídeo acima, Cliff Burton com o Trauma, antes de entrar para o Metallica)
Vale destacar, inclusive, que o Metallica mudou o planejamento inicial de mudar-se para Los Angeles porque Cliff Burton não topou. Só faria parte do grupo se a mudança fosse para San Francisco. Os demais músicos fizeram questão de ter Burton na formação.
O resto é história - e com doses cavalares de contribuições de Cliff Burton, diga-se de passagem. A sonoridade do Metallica só começou a atingir um patamar mais elevado, no que diz respeito a sofisticação em melodias e arranjos, graças a Burton, que ensinou muito sobre teoria musical aos demais músicos antes das gravações de "Ride The Lightning".


A morte de Cliff Burton não evitou que o Metallica se tornasse a maior banda de metal do mundo - e digo isto com base nos números, tanto de vendas de discos quanto de arrecadação em turnês. No entanto, de certo modo, oMetallica só se transformou na potência que hoje conhecemos porque Burton passou por ali e os demais músicos permitiram que ele realmente colaborasse.
Cliff Burton faleceu jovem demais. Tinha somente 24 anos. Sua morte foi traumática também para seus companheiros de banda, que eram ainda mais jovens que o baixista. Titubearam sobre dar sequência ou não ao Metallica. Ainda bem que continuaram. A cicatriz fica, mas a vida continua.


Como Cliff Burton ficou tão pouco tempo no Metallica, muitos fãs se divertem ao pensar como seria se Burton tivesse sobrevivido ao acidente e permanecido no grupo. Os mais puristas dizem que a banda não teria ficado tão "comercial" (?). Eu discordo.
Arrisco-me a dizer que a trajetória do Metallica teria sido muito parecida com a que realmente foi trilhada. Cliff Burton tinha um background musical bastante amplo e, por mais que fosse fã de heavy metal, dificilmente se negaria a estar envolvido em álbuns como o famigerado "Black Album", os contestados "Load" e "ReLoad" e o bem trabalhado "Death Magnetic".


Metallica seguiu caminhos contestados em alguns momentos. Ainda assim, creio que Cliff Burton, onde quer que esteja, ficou satisfeito com o que a banda fez após sua morte. Descanse em paz, Cliff.
Observação: ok, talvez "St. Anger" soasse um pouco diferente e certamente os baixos de "...And Justice For All" não ficassem escondidos na mixagem. Mas nada muito além disso.

Engenheiros do Hawaii: Icônica banda gaúcha ganha biografia

Imagem

Era pra ter durado uma noite só. Era pra ter sido somente uma banda de abertura de uma festa da faculdade, lá em 1985. Era pra ter outro nome. Não era pra ser um trio. Graças a essa sucessão de fatos estranhos, quando não ter plano é o melhor plano, nasceu uma das maiores bandas do rock brasileiro: Engenheiros do Hawaii. Neste mês, os fãs pegarão carona na história do grupo, com destino à Infinita Highway.

Alexandre Lucchese, jornalista e autor da obra, se dedicou por mais de 1 ano para colher depoimentos e histórias de fãs e familiares que retratassem a trajetória da banda. Foram realizadas mais de 100 entrevistas, incluindo os relatos do trio Humberto Gessinger, Carlos Maltz e Augusto Licks, da fase de maior sucesso. Ao todo, foram 18 álbuns lançados e mais de 3 milhões de discos vendidos. Nas redes sociais, já são mais de 500 mil fãs.
Com fotos inéditas e histórias de bastidores, a obra ainda aborda os processos judiciais em torno do término da banda. "Infinita Highway – Uma carona com os Engenheiros do Hawaii" desembarca no dia 30 de setembro nas livrarias de todo país.
No dia 06 de outubro, a partir das 19h, será realizada uma sessão de autógrafos com Alexandre Lucchese, na Livraria Saraiva do Shopping Iguatemi, em Porto Alegre.
Mais infos:

https://www.facebook.com/events/1771281033113855/



sábado, 24 de setembro de 2016

Bruce Dickinson: palestra na Campus Party Minas Gerais

Imagem

A organização da Campus Party Minas Gerais, confirmou a presença do vocalista do Iron Maiden, Bruce Dickinson, na edição mineira do evento. O músico, piloto e empresário, que também é historiador, mestre cervejeiro, escritor, veterano militar e empreendedor vai compartilhar um pouco de sua experiência, abordará em sua palestra, agendada para o dia 12 de novembro, os desafios das operações no mundo do rock e da aviação comercial e suas compatibilidades.

Essa não é a primeira vez que Bruce Dickinson vem ao evento de tecnologia. Ele marcou presença e deu uma aula de como transformar consumidores comuns em “fãs de uma marca” na Campus Party Brasil, em 2014. O Iron Maiden 666 estava lá, clique aqui e lembre como foi.


A Campus Party Minas Gerais acontecerá entre os dias 9 e 13 de novembro, no Expo Minas, e apresentará palestras, hackathons, internet cabeada, empreendedorismo e um espaço aberto para atividades especiais, o Campus Experience.



Os ingressos para a Campus Party Minas Gerais já estão disponíveis. Os interessados podem saber mais sobre o evento na agenda do Sou BH.

Serviço

Campus Party Minas GeraisData: 9 a 13 de novembro 
Local: Expominas (Av. Amazonas, 6200 – Gameleira)Valores: R$120 (sem camping) e R$195 (camping individual)

Mais informações:


http://campuse.ro/events/campus-party-minas-gerais-2016

terça-feira, 6 de setembro de 2016

Roger Waters, cantor do Pink Floyd, completa 73 anos

Imagem
Se ontem o dia era de celebrar os 70 anos do nascimento de Freddie Mercury, hoje também se comemora o aniversário de um gênio da música. Para mim, um dos maiores da história: Roger Waters, baixista, vocalista, compositor, fundador e principal mentor do Pink Floyd, que está completando 73 anos.
Depois de Syd Barret ter se afastado da banda, em 1968, Waters assumiu para si a responsabilidade de ser o letrista, ao passo que para a guitarra foi recrutado David Gilmour. Se à época estas mudanças podiam ser vistas com desconfiança, o tempo provou que elas transformaram o som e os rumos da banda, alçando-os à condição de ícones do rock, consagrando a banda que os fãs, como eu, aprenderam a amar de forma incondicional. Tornaram-se uma das maiores bandas da história da música.
Waters saiu da banda na década de 80, após o disco The Final Cut – que na visão equivocada de muitos críticos não é um bom disco. Ao meu ver, é um dos maiores trabalhos do Pink Floyd, ainda que praticamente seja um disco solo de Waters.
O baixista enveredeu por uma carreira solo com pouco apelo pop, após perder o direito de usar o nome Pink Floyd num longo litígio. Para nossa sorte, nos anos 2000, Roger resolveu botar o pé na estrada, apresentando gigantescas turnês desde então, levando a públicos inéditos, que nunca puderam ver sua antiga banda em ação, toda a genialidade e a grandiosidade de sua música e seus espetáculos. 
Parabéns e vida longa, Roger Waters! Sua música é indispensável e faz parte de minha formação.
Abaixo, uma das mais belas canções já escritas, “Mother”, do álbum The Wall.

segunda-feira, 5 de setembro de 2016

Há 70 anos: Nascia o eterno Freddie Mercury, do Queen

Resultado de imagem para freddie mercury

Em 05/09/1946: Nasce Freddie Mercury (Queen).

Freddie Mercury, nome artístico de Farrokh Bulsara, nasceu em Zanzibar em 5 de setembro de 1946. Tornou-se célebre com QUEEN pelo seu poderoso tom de voz e suas performances energéticas que sempre envolviam a plateia, sendo considerado pela crítica como um dos maiores artistas de todos os tempos. Como compositor, Mercury criou a maioria dos grandes sucessos do Queen, como "We Are the Champions", "Love of my Life", "Killer Queen", "Bohemian Rhapsody", "Somebody to Love" e "Don't Stop Me Now". Além do seu trabalho na banda, Mercury também lançou vários projetos paralelos, incluindo um álbum solo, Mr. Bad Guy, em 1985, e um disco de ópera ao lado da soprano Montserrat Caballé, Barcelona, em 1988. Mercury morreu vítima de broncopneumonia, acarretada pela AIDS, em Londres, em 24 de novembro de 1991, um dia depois de ter assumido a doença publicamente.

domingo, 21 de agosto de 2016

Há 27 anos: Morria o Maluco Beleza, Raul seixas


Nós, do lado de cá, aprendendo a sermos loucos. Há quem diga que Raul Seixas, pai do rock brasileiro, tenha morrido não devido às complicações com o alcoolismo, mas de tédio. É até uma versão romântica da coisa toda.


Imagem

No dia 21 de agosto de 1989, há exatos 25 anos, o mundo ficava sem seu Maluco Beleza. Mas o clarão e a lucidez de seus dizeres ficaram para seus fãs e ainda curiosos por sua música e poesia.
Raul não era louco; era um sonhador. (“Sonho que se sonha só, é só um sonho que se sonha só. Mas sonho que se sonha junto é realidade!”). Ele planou alto em seu disco voador e mudou a cara do rock e dessa identidade cultural quanto à sua semântica.

Fã ao mesmo tempo de Elvis e Gonzagão, se via no meio termo – e quis ficar por lá e por essa e aquela metamorfose ambulante. É o que pregava o poeta inglês Ralph Waldo Emerson quando lançou um “quero dizer o que eu penso e sinto hoje, com a condição de que talvez amanhã eu vá contradizer tudo”.

Indubitavelmente, Raul Santos Seixas, baiano e fundador do fã-clube local de Elvis Presley, estava à frente do be-bop-a-lula de sua geração e foi um grito necessário, a contar com suas parcerias junto a Paulo Coelho, Cláudio Roberto e Marcelo Nova. Suas sacadas eram tão seguras que, por exemplo, fez a renitente e insatisfeita “Ouro de Tolo”, falando do drama da classe média de uma forma tão douta que a afro-rock “Mosca na Sopa” é que foi a censurada pela ditadura, estando no mesmo álbum. Ela dava a isca, mas o que ele queria dizer era dito.

E o que tinha a falar era mais que as rimas absurdas em muito do cancioneiro popular brasileiro. Fazia sentido. Raulzito fazia sentido – porém, não “sentido!” para os censores que acabaram o levando a passasse uma temporada em Nova York, exilado.
Foi com “Gita”, de 1974, disco de maior sucesso de sua carreira, que se torna o fenômeno em ascensão. A música homônima traça o que somos como seres universais e é notória referência ao livro sagrado hindu, Bhagavad Gita, que conta a história e a busca do guerreiro Aruanda. Há ainda flertes com o ocultista Aleister Crowley nas canções “Sociedade Alternativa” e “Loteria da Babilônia”.
Isto mostra o quão Raulzito mexia com temas diversos, explorando nossa natureza, nossos 10% do cérebro, nosso amor pela vida, nosso ódio da vida, nossa angústia, nossa morte iminente, nosso fim, nosso início, nosso meio.

Muito antes da revolução manguebeat de Chico Science e Nação Zumbi, jungindo o pulsar do maracatu com os riffs de Rock, ele já mexia com as nuances nordestinas como a embolada em “As Aventuras de Raul Seixas na Cidade de Thor” e no arrasta-pé-baião-roqueiro de “Let Me Sing, Let Me Sing”, com o funk em “Tapanacara”, o tango com “Canto Para a Minha Morte”, o bolero em “Sessão das 10”, a marchinha de Carnaval “Eu Vou Botar Pra Ferver”, com o brega em “Tu És o MDC da Minha Vida” e traços progressivos e psicodélicos com “Para Nóia”.

Novo Aeon

Do latim, “aeon” quer dizer em tradução livre “era”, “tempo”. Esta é a alcunha do álbum de 1975 de Raulzito, que carrega músicas como “Tente Outra Vez”, “A Maçã”, “Rock do Diabo”, “Eu Sou Egoísta” e “É Fim do Mês”. Clássico!

Essa expressão representava um novo tempo na vertente do cantor e compositor, apresentando nova evolução em sua mestiçagem musical adicionando rumba e camdomblé nos trejeitos de suas canções, além dos ideais colocados nas letras. A coisa toda era quente!
“A arte é o espírito social de uma época. A arte se espelha em um momento vigente e aí está a cultura de uma época”. Foi o que relatou Raulzito certa feita.

Querendo analisar justamente isto, Vitor Cei, professor da Universidade Federal do Espírito Santo, formado em Filosofia e Comunicação Social, publicou o livro “Novo Aeon: Raul Seixas no torvelinho do seu tempo”, de 2010, fruto de uma tese de mestrado.
Nele, o artista em questão, adepto da contracultura e da doutrina que impulsionou esta trajetória existencial de força contestatória, é colocado num tabuleiro onde melancolia, niilismo e influência no pensar pós-moderno são suas principais peças brancas. E se movem com facilidade.
Não Pare na Pista
Engravatado, Raul adentra no recinto de Paulo Coelho, sem conhecê-lo, e pergunta por um tal de Augusto Figueiredo. Esse é o enredo apresentado no filme “Não Pare na Pista”, em cartaz hoje nos cinemas de todo país, que tem direção de Daniel Augusto e conta a vida do Mago.

Esse primeiro contato dos dois é marcado pelo interesse de Raul em ufologia. Paulo logo diz que não existe ninguém ali com aquele nome; era apenas um pseudônimo seu na revista 2001, a qual editava. Nascia ali uma estrela gêmea. Supernova sem barulho aparente. (“Eu sou astrólogo! Vocês precisam acreditar em mim, eu sou astrólogo!”).
Para o cantor Phillipe Carvalho, mais conhecido pelos seus como Phillipe Seixas, da banda-tributo alagoana Cachorro Urubu, o “artista” se confundia com a “pessoa”. Ele não representava, era dois num só. “Ora, Raul se sentia na obrigação de falar algo para as pessoas, externar o que lhe fazia feliz, o que lhe doía, e sempre de uma forma direta, sem rodeios, justamente para atingir em cheio”, pontua ele, que está prevendo um show em homenagem aos 25 anos da morte do nosso pai do rock no mês de outubro, tributo este o qual já vai em sua 12ª edição em Maceió.

Pegando carona nessa lógica apresentada por Phillipe – não podemos, afinal, parar na pista, certo? – a poética de Raul, nos apropriando das palavras do imortal Alfredo Bosi sobre o que é poesia, “vale como pura explosão do desejo, da paixão, do capricho individual, do sexo à flor da pele, do instinto de morte, dos lances do acaso”. Ela espalhava a “boa nova” de que poderíamos e podemos ser quem quisermos, posto que há de ser tudo da lei.

Lei onde o fraco tem vez, o pobre tem prato feito, o rico tem dente podre, o patrão também sofre por amor, lei do silêncio para ouvir. Lei de não haver leis, onde só há paz, igualdade em todas as ambiências, liberdade. Viva sua palavra, Raulzito! Ela vale. Seixas como for... e onde toca.

terça-feira, 16 de agosto de 2016

Há 39 anos: Morria Elvis Presley


Em 16/08/1977: Morre Elvis Presley. Com certeza o maior nome do rock and roll de todos os tempos, embora nos últimos anos de sua vida viesse se dedicando cada vez menos a rock, mas sim a baladas românticas. À medida que sua carreira declinou se tornou consumidor abusivo de drogas medicamentosas (abominava drogas propriamente ditas como cocaina, heroína ou maconha). Entre outras se destacavam em seu coquetel químico diário medicamentos para perda de peso e controle de apetite, tudo associado a um ritmo de shows e gravações intermináveis. Foi encontrado desacordado no banheiro onde devia ter desmaiado algumas horas antes. Só foi declarado morto no hospital. Não foi constatada em seu corpo nenhuma droga ilegal e a causa oficial da morte foi falência cardíaca. Aos 42 anos.
Imagem

Seguem algumas informações retiradas da Wikipedia.

A morte de Elvis Presley

Na noite de 15 de Agosto Elvis vai ao dentista por volta das 11 da noite, algo muito comum para ele. De madrugada ele volta a Graceland, joga um pouco de tênis e toca algumas canções ao piano, indo dormir por volta das 4 ou 5 da madrugada do dia 16. Por volta das 10 horas Elvis teria levantado para ler no banheiro, o que aconteceu desse ponto até por volta das duas horas da tarde é um mistério, o desenlace ocorreu, possivelmente, no final da manhã, no banheiro de sua suite, na mansão Graceland, na cidade de Memphis, no Tennessee. Os fatores predisponentes sistêmicos, os hábitos cotidianos e as circunstâncias que culminaram com a morte de Elvis Presley, são dos pontos mais polêmicos e controvertidos entre seus biógrafos e fãs. Elvis só foi encontrado morto no horário das duas horas da tarde por sua namorada na época, Ginger Alden. Logo após, o seu corpo é levado ao hospital "Memorial Batista" e sua morte confirmada.

A morte de Elvis Aaron Presley no dia de 16 de agosto de 1977, causada por colapso fulminante associado à disfunção cardíaca, surpreendeu o mundo, provocando comoção como poucas vezes fora vista em nossa cultura; inclusive no Brasil. Os fãs se aglomeraram em maior número em frente a mansão. As linhas telefônicas de Memphis estavam tão congestionadas que a companhia telefônica pediu aos residentes para não usarem o telefone a não ser em caso de emergência. As floriculturas venderam todas as flores em estoque. O velório aconteceu no dia 17. Alguns, dos milhares de fãs, puderam ver o caixão por aproximadamente 4 horas.
Por volta das 3 da tarde do dia 18 a cerimônia para familiares e amigos foi realizada, com canções gospel sendo cantadas pelos "Stamps" (Grupo vocal gospel) e por Kathy Westmoreland (cantora), ambos fizeram parte do grupo musical de Elvis na década de 70. Após a cerimônia todos foram levados até o cemitério em limusines, logo em seguida o corpo de Elvis é enterrado.

Drogas e medicamentos

O que está provado é que ele se viciou em medicamentos, perdendo totalmente o controle a partir dos anos 70, quando o dr. George Nickopoulos receitava abusivas doses de medicamentos para Elvis, culminando assim na sua morte em 77. O referido médico foi levado ao Tribunal em 1981, acusado de receitar a Elvis um tratamento médico "ultrajante", mas foi absolvido. O fato é que Elvis era uma pessoa altamente complexa em sua vida pessoal e artística, uma pessoa de temperamento difícil, transformava-se de um instante para outro de uma pessoa alegre, simpática e falante em uma pessoa carrancuda e até mesmo infeliz; era, segundo pessoas próximas, hipocondríaco, o que talvez explique sua paranóia pela leitura de bulas de remédios e a alta quantidade de remédios que ingeria, tinha problemas no cólon, o que lhe causava horríveis dores, além de problemas no fígado. Essas enfermidades deterioraram todo o seu organismo e provocaram o mal cardíaco culminando com sua morte. Segundo J. D. Sumner, Elvis relatou em certa ocasião que tinha a impressão que não alcançaria os 50 anos de idade, pelo fato de outros familiares terem falecido antes de completar essa idade.

Elvis não morreu?

Uma outra polêmica envolvendo o nome de Elvis é a famosa frase "Elvis Não Morreu", surgida devido a repetitiva propaganda feita na TV brasileira, para a divulgação do filme de mesmo nome. Para alguns, essa frase tem um forte apelo comercial e de marketing, entretanto, muitos de seus fãs acreditam plenamente que Elvis realmente ainda está vivo, ou, pelo menos, não morreu na data considerada oficial.

Muitos afirmam que Elvis já foi visto em diferentes localidades e que existiriam várias coincidências em sua suposta morte que comprovariam uma certa armação. Os que não acreditam nessa hipótese de Elvis estar vivo, dizem que simplesmente é mais uma teoria conspiratórias.


quarta-feira, 3 de agosto de 2016

Roger Waters e David Gilmour planejam reunião do Pink Floyd, novo CD e turnê mundial


Os fãs do #Pink Floyd têm motivos de sobra para estarem esperançosos. É que os rumores de uma reunião entre Roger Waters, David Gilmour e Nick Mason, que culminaria com uma turnê mundial teria início no final do ano que vem. Uma fonte do site britânico “Media Mass” garantiu que os três vêm se encontrando em segredo, em um estúdio, e já teriam oito composições gravadas. “As coisas estão em um estágio inicial, mas algo está acontecendo. Há seguranças para impedir qualquer aproximação”, disse o informante. “Acho que essa reunião seria o melhor tributo imaginável para Syd Barrett”, acrescentou. Em agosto de 2017, o primeiro disco do Pink Floyd, “The Piper at the Gates of Dawn”, completa 50 anos – a obra foi inteiramente composta por Barrett, que teve Waters, Gilmour e Richard Wright como coautores em apenas duas faixas.

Os boatos sobre o lançamento de um novo CD e de uma turnê mundial chegaram a ser desmentidos, no início da semana passada, mas as duas estrelas do grupo não têm nada agendado para o ano que vem. Gilmour finaliza a “Rattle That Lock Tour”, iniciada em julho de 2015, com cinco noites Royal Albert Hall, em Londres, no final de setembro. Waters fará duas apresentações no Foro Sol, na Cidade do México, também em setembro, e outras duas no festival Desert Trip, dias 7 e 14 de outubro. Já Mason, que é um apaixonado por antigomobilismo, fez sua última aparição em um grande evento no final de junho, durante o Goodwood Festival Of Speed. Resumindo, os três estão livres, leves e soltos.
Briga e ponte
Entre os descrentes, muitos justificam que Richard Wright – morto em 2008 – era o conciliador do grupo e, sem ele, Waters e Gilmour dificilmente dividiriam o palco novamente. A última vez que isso aconteceu foi no dia 2 de julho de 2005, no Hyde Park, em Londres, durante o “Live 8” e depois de um hiato de 24 anos. Um disco com novas composições seria a ponte para a reunião, já que a briga entre os dois cabeças do Pink Floyd teve, entre outras razões, os direitos sobre o repertório. “Roger sempre se recusou a tocar as novas músicas da banda, gravadas após sua saída. Hoje, eu entendo isso”, afirmou Gilmour. “Já disse a David que não interpretarei esse repertório, mas faremos algo que Rick (Wright) teria gostado de fazer”, pontou Waters.
O último disco do Pink Floyd, o fraquíssimo “The Endless River”, lançado em novembro de 2014, requentou sobras de estúdio das sessões originais de “Division Bell”. A maioria esmagadora do material foi gravado em 1993, ainda com Wright, e o conteúdo já era conhecido de aficionados pela banda, que tiveram acesso aos registros através de edições piratas. É, basicamente, #Música ambiente – um luxo para sonorizar elevadores. Já Waters lançou o ambicioso “Ça Ira”, uma ópera sobre a Revolução Francesa, em 2005 – também lançou dois CDs ao vivo, incluindo “Roger Waters: The Wall”, gravado durante a maior turnê da história da música. Mais recentemente, Gilmour lançou “Rattle That Lock”, há dois anos, sem trazer nada de novo.
Um disco com inéditas não só retomaria o processo criativo da dupla como, também, apagaria a impressão de caça-níquel de “The Endless River”. Sem dúvidas, seria uma homenagem não só a Barrett, mas as todos os fãs do grupo.
 Por: Blastingnews
Fonte: Jornal no palco

JACK BÓRIS: "A CERA" NOVIDADE PARA ESSE SEGUNDO SEMESTRE

0 (2)

Nesse segundo semestre de 2016 o BLOG ROCK vem mais uma vez destacando com imenso prazer mais uma novidade da banda mineira de Pop Rock, JACK BÓRIS.

Para encerrar a turnê e a divulgação de seu último disco, o FUNKY YOU, a banda regravou um clássico do Rock Nacional dos anos 2000, da banda O SURTO.


A música A CERA, mais conhecida por “Me Pirou o Cabeção” ganhou um arranjo um pouco diferente do original, imprimindo a identidade do Jack Bóris e contou a com participação do próprio vocalista e dono da música, Réges Bolo.


Além disso a banda já está compondo e trabalhando em músicas novas para um próximo disco que deve sair em breve!


Aguardem!


Enquando isso, assistam essa versão que deu vida nova a um clássico do nosso rock!




LINKS:

Vídeo: https://www.youtube.com/watch?v=fsDlWUItY1k
Facebook: https://www.facebook.com/BandaJackBoris
Instagram: https://www.instagram.com/jackboris

quarta-feira, 13 de julho de 2016

Dia Mundial do Rock: 13 de julho é conhecido no Brasil como o Dia Mundial Do Rock


O dia 13 de julho é conhecido no Brasil como Dia Mundial do Rock. A data celebra anualmente o rock e foi escolhida em homenagem ao Live Aid, megaevento que aconteceu nesse dia em 1985. A celebração é uma referência a um desejo expressado por Phil Collins, participante do evento, que gostaria que aquele fosse considerado o "dia mundial do rock". O evento também ficou conhecido por contar com grandes artistas do gênero, como QueenMick JaggerKeith RichardsRonnie WoodElton JohnPaul McCartneyDavid BowieU2 entre outros.

História
Em 13 de julho de 1985Bob Geldof organizou o Live Aid, um show simultâneo em Londres, na Inglaterra, e na Filadélfia, nos Estados Unidos. O objetivo principal era o fim da fome na Etiópia. O evento chamou a atenção por contar com a presença de muitos artistas famosos na época. Entre os participantes, estavam The WhoStatus QuoLed ZeppelinDire StraitsMadonnaQueenJoan BaezDavid BowieBB KingMick JaggerStingScorpionsU2Paul McCartneyPhil Collins (que tocou nos dois lugares), Eric Clapton e Black Sabbath.
Os shows foram transmitidos ao vivo pela BBC para diversos países e abriram os olhos do mundo para a miséria no continente africano.
Em 2005, 20 anos depois do primeiro evento, Bob Geldof organizou o Live 8, uma nova edição com estrutura maior e shows em mais países. Dessa vez o objetivo foi pressionar os líderes do G8 para perdoar a dívida externa dos países mais pobres e erradicar a miséria do mundo.
No Live 8 o Grupo de Rock Britânico Pink Floyd se reuniu em sua formação clássica pela primeira vez depois de 20 anos de separação.

Comemoração somente no Brasil

Apesar de se chamar "Dia Mundial do Rock", a data só é comemorada no Brasil. Ela começou a ser celebrada em meados dos anos 1990, quando duas rádios paulistanas dedicadas ao rock - 89 FM e 97 FM - começaram a mencionar a data em sua programação. A celebração foi amplamente aceita pelos ouvintes e, em poucos anos, passou a ser popular em todo o país. Entretanto, essa data é completamente ignorada em todo o resto do mundo.
Outros países e localidades não têm uma data específica para celebrar esse estilo musical ou têm outras datas. Nos EUA, poucas pessoas comemoram a data no dia 9 de julho, em homenagem ao programa "American Bandstand, de Dick Clark, que estreou nessa data.O programa ajudou a popularizar o rock and roll nos EUA.
Por ser uma data definida arbitrariamente e sem respaldo em outros países, especialistas em música contestam essa escolha. Eles sugerem outras datas que seriam mais significativas para a história do rock e que, portanto, mereceriam ser o verdadeiro Dia do Rock. Entre elas, estão o dia 5 de julho, quando, em 1954, Elvis Presley gravou uma versão mais rápida do blues That's All Right e 9 de fevereiro, quando, em 1964, a banda The Beatles se apresentou pela primeira vez nos EUA.