Atualmente, vários
dinossauros lançam trabalhos com pouca inspiração, exemplos não faltam: Iron
Maiden, Metallica, Slayer, entre outros. Claro que ninguém conseguirá lançar
excelentes álbuns um atrás do outro sem um pequeno hiato, todavia uma banda
parece ter reencontrado o caminho das boas composições.
Lançamentos que chamam a atenção nos últimos anos no meio do Rock/Metal, sem sombra de dúvidas, são os do Accept. Os alemães voltaram descreditados, mas com muita “fome” e simplesmente destruidores.
Ao anunciarem o retorno, inúmeras dúvidas pairavam sobre as mentes dos fãs do terror teutônico, inclusive pelo fato de colocar um novo vocalista que, apesar de possuir uma longa carreira, para muitos, era desconhecido. Pois então, o Accept voltou e com a corda toda.
O lançamento de “Blood of the Nations”, o qual já nasceu clássico,
provou que quem é rei nunca perde a majestade. Com composições fortes, calcadas
em clássicos de outrora e perfeitamente ajustado à modernidade, vimos mais um
álbum que escancara a qualidade e capacidade da banda: um soco na cara de
muitos. (E como foi bom receber este soco). Mark Tornillo deixou bem claro que
pode assumir os vocais e, em determinados momentos, ser até superior ao grande
UDO.
“Stalingrad” foi a constatação! Sim, graças à competência dos músicos,
uma grande banda, responsável por influenciar várias outras, estava,
definitivamente de volta, e com trabalhos excelentes; aclamados pela mídia
especializada e fãs do gênero. “Blind Rage”, outro belíssimo disco, manteve o
gigante no topo e com mostras de que dificilmente de lá sairá.
Wolf Hoffmann e Peter Baltes, junto ao talentoso produtor Andy Sneap,
encontraram o tesouro que estava há tempos perdidos em meio às brumas de muitas
bandas pesadas. Conseguiram achar a fórmula perfeita entre som clássico e
modernidade. Nos últimos cinco anos, deram vida a hinos do heavy metal que são
cantados a plenos pulmões em todos os shows.
Toda essa devoção por parte da banda fora coroada recentemente na
excelente e devastadora apresentação no Monsters Of Rock, 26 abril em São
Paulo, onde o grupo superou ícones como Ozzy
Osbourne, Kiss e Judas
Priest, com uma apresentação memorável quase beirando a perfeição.
O Accept é a prova viva e duradoura de que ainda há jeito de manter-se vivo com excelentes músicas, basta querer.