O Motorsport.com fez uma
seleção de cinco histórias onde conta o que acontece quando o Rock’ n’ Roll e a
Fórmula 1 se encontram.
Rock, talvez o
gênero musical mais difundido ao redor do globo, seja pela variedade de
vertentes, seja pela grandeza de seus astros – especialmente os clássicos, que são
ouvidos e “descobertos” até hoje por milhares de jovens.
A
Fórmula 1, por seu lado, também goza de reconhecimento mundial e figura no
imaginário de muitos jovens que ou são pilotos em desenvolvimento ou sonham em
fazer da velocidade um meio de sobrevivência. Posto isto, chegamos à seguinte
pergunta: o que acontece quando Rock’ n’ Roll e Fórmula 1 se encontram? A
equipe do Motorsport.com selecionou cinco histórias que unem os dois mundos e
as apresenta a seguir.
George Harrison
Talvez a relação entre velocidade e música mais famosa seja a de George
Harrison com a categoria. O guitarrista dos Beatles, morto em 2001, era figura
carimbada nos autódromos e amigo de pilotos como Jackie Stewart, Niki Lauda e
do brasileiro Emerson Fittipaldi – aos quais, entre outros, Harrisson dedicou a
música “Faster” (o vídeo, em que Stewart faz uma “ponta”, se encontra logo
abaixo deste texto).
A capa do single apresenta imagens dos rostos dos três amigos e de Juan
Manuel Fangio, Graham Hill, Jim Clark, Jochen Rindt, Jody Scheckter e Stirling
Moss. A amizade com Emmo rendeu até uma participação especial do guitarrista na
TV brasileira, tocando uma versão adaptada de “Here Comes the Sun”, desejando
melhoras ao brasileiro, que se recuperava do acidente sofrido em Michigan, em 1996.
Veja a homenagem (logo abaixo do vídeo de "Faster")
A paixão de Eric Clapton por carros vem desde a juventude. O guitarrista
admitiu, em entrevista ao site da Ferrari, que alimentava o sonho de ser piloto
quando era apenas um garoto. Para a sorte da música, os caminhos da vida
levaram Clapton para a guitarra. Na mesma entrevista Clapton revelou ser fã de
Felipe Massa.
Em 2009, quando estava em Miami se recuperando do acidente sofrido na
Hungria, Massa recebeu uma caixa. Quando abriu, havia dentro uma guitarra
enviada e autografada pelo músico, que na última passagem pelo Brasil, em 2011,
dedicou o show realizado no estádio do Morumbi ao piloto.
Nick Mason
O baterista do Pink Floyd é presença constante nos circuitos. Já
disputou edições das 24 Horas de Le Mans e possui uma coleção de carros de
fazer inveja a muita gente. Em 2007, Mason escreveu um artigo em que falava
sobre a tecnologia presente na categoria e já criticava a escalada dos custos,
assunto discutido até hoje.
Em 2014, pouco antes da largada do GP do Bahrein, o músico foi
entrevistado pela TV Globo e, entre outros comentários, disse que ele, “assim
como muitos outros”, considerava Ayrton Senna “provavelmente o maior piloto de
todos os tempos”.
Axl Rose
O excêntrico vocalista do Guns n’ Roses, banda que dominou o mundo no
início dos anos 1990, é amigo de... Kimi Räikkönen. Segundo o finlandês, eles
se conheceram quando o piloto ainda representava a McLaren. Eles continuaram a
se encontrar com o passar dos anos e, em 2008, ano em que o Guns finalmente
lançou o esquecível “Chinese Democracy” – de acordo com a própria banda, os
trabalhos que culminaram no disco começaram em 1996 (!) – o nome de Kimi estava
no encarte, na seção em que Axl faz os agradecimentos pessoais.
Quando perguntado sobre os motivos que teriam levado o vocalista a
colocar o nome dele naquele espaço, a resposta do piloto foi a seguinte: “eu
juro que não faço ideia. Você deveria perguntar isso a ele”, disse. Mais Kimi
Räikkönen, impossível.
Damon Hill
O campeão mundial de 1996 sempre deixou público seu gosto pelo rock,
mostrando seus dotes na guitarra – especialmente nas festas que Eddie Jordan
armava nos GPs da Grã-Bretanha, quando o ex-dono de equipe juntava pilotos como
Johnny Herbert e Martin Brundle para “dar uma canja” em cima do palco.
Durante um tempo, Hill foi vizinho de Rick Savage, um dos membros
fundadores do Def Leppard. Um dia, após ouvir o vizinho tocando, Savage
resolveu convidar o ex-piloto para participar da gravação do álbum “Euphoria”.
Hill tocou na música que abre o disco, “Demolition Man” – a performance do
músico pode ser ouvida no vídeo abaixo, no solo que começa por volta dos três
minutos. Nada mal, não é mesmo?