Músicos
apresentaram setlist de Bruno Mars à Megadeth no Ibirapuera.
Garoto tem doença degenerativa e toca bateria para auxiliar no tratamento.
Garoto tem doença degenerativa e toca bateria para auxiliar no tratamento.
O Parque Ibirapuera trocou o barulho dos pássaros
pelo "groove" de mais de cem bateristas neste domingo (9) em São
Paulo. O evento, organizado pelo projeto "Bateras 100% Brasil",
começou por volta das 12h de um dia de céu claro. Com as baquetas
sincronizadas, os músicos, entre eles um menino de 3 anos, apresentaram um
setlist de 11 músicas que iam de Bruno Mars à Megadeth, de Jota Quest à Daft
Punk.
Na passagem de som, os músicos tocaram uma
composição própria do projeto (iniciado em 2000) chamada de “Groove Tribal”. Em
sequência, foram direto para o Rock n’Roll, com “We Will Rock You”, da banda
Queen. Eles apresentaram também “Satisfaction”, dos Stones, You Shook Me
All Night Long, do AC/DC. Os celulares de espectadores registraram tudo.
No início do projeto, há 15 anos, eram 64
bateristas. Hoje, foram 460 inscritos para tocar, mas nem todos compareceram.
Cinco músicos experientes ficam sobre o palco fazendo o papel de “maestros” dos
centenas de bateras. Um deles é Leandro No, de 39 anos, das bandas Dano e Freak
Fur. “O mais legal é ver a mistura do pessoal. Este é o 10º projeto que eu
participo e sempre tem gente de todo o tipo”, contou.
Já o pai Fábio Ricardo Lucila, de 40 anos, trouxe o filho João Vitor, de 8 anos, para curtir o som. Fábio é guitarrista e tentou ensinar o instrumento para o filho, mas a preferência é outra. “Ele até se interessou por aprender guitarra, mas o negócio dele é bateria mesmo”.
Raridade foi assisti ao cantor da banda no fundo do
palco. Murilo Lima, de 46 anos, foi quem assumiu o microfone das músicas e
disse não se importar por estar atrás. “Os protagonistas hoje são os
bateristas. Esse evento que o Dino promove é uma coisa incrível. Pra nós, fazer
parte disso é uma honra, um prazer ficar atrás. Eu poderia ficar embaixo do
palco que estaria lindo”. E completou: “Na verdade, a bateria é aquele
coração da banda, é o que pulsa. Quanto mais, melhor”.
Dino Verdade, 47 anos, é um dos organizadores do evento e disse que é um trabalho imenso contatar todos os músicos. “Demora um bom tempo para organizar, chamar todos os bateristas, ensaiar a banda, mas eu vou te falar que é um trabalho muito recompensador, ver os pais cantando com os filhos, as criancinhas, as pessoas mais velhas”.
Dino Verdade, 47 anos, é um dos organizadores do evento e disse que é um trabalho imenso contatar todos os músicos. “Demora um bom tempo para organizar, chamar todos os bateristas, ensaiar a banda, mas eu vou te falar que é um trabalho muito recompensador, ver os pais cantando com os filhos, as criancinhas, as pessoas mais velhas”.
O prefeito Fernando Haddad (PT) e o secretário municipal
da Cultura, Nabil Bonduki, também compareceram ao evento. Discretos, curtiram o
som entre a multidão. “Foi uma primeira edição de uma ideia que provavelmente
vai se transformar em uma bienal de percussão. A música em São Paulo está
acontecendo com muita força.”, disse o prefeito. Sobre começar a tocar bateria,
o prefeito disse “eu vou continuar no violão, que eu já tenho grande
dificuldade”.
Em dezembro, o Bateras 100% Brasil deverá se
apresentar em Guarulhos. Confira a agenda aquihttp://www.baterasbrasil.com.br/
Fonte: G1