"Eu não canto para ser lembrado eternamente. É
o meu trabalho. Eu adoro entreter as pessoas, só isso!" Ozzy Osbourne, de
66 anos, pode não ter essa intenção, mas as pessoas que irão neste sábado (25)
à Arena Anhembi, em São Paulo, vão ter dificuldade para esquecer a performance
do "Príncipe das Trevas".
Assim ele foi chamado pela imprensa inglesa em
1970, quando era vocalista do Black Sabbath e ajudava a forjar o metal pesado
que se tornaria a falange mais popular do rock. Tão popular que neste fim
de semana está programada a sexta edição brasileira do Monsters of Rock -
festival que começou em 1980 na Inglaterra e teve edições irregulares no Brasil
nos últimos 21 anos.
DE VOLTA AO
MONSTERS
Ozzy foi a atração principal do segundo Monsters
paulistano, em 1995. Volta agora ao país pela terceira vez nesta década. Fez
turnê solo em 2011 e veio com o Black Sabbath em 2013, quando cantou para seu
maior público no Brasil: 77 mil pessoas no show em São Paulo.
"Não ligo se o show é só meu ou se estou num
festival. Não ligo para os outros, nem para o lugar. Só penso no público e
tento fazer o melhor que eu posso a cada noite", diz Ozzy à reportagem.
Ele cancelou shows que faria depois do Monsters, no
México e nos Estados Unidos. Não há explicação oficial, mas é notório que
passará por uma cirurgia no mês que vem. Com isso, ele estará em forma para o
show em São Paulo?
"Claro. Tenho uns problemas simples para resolver, só isso. Mas tudo comigo é exagerado. É sempre assim. Se eu dou um tapa num bicho, sai no jornal que eu o mordi", conta Ozzy, brincando com o episódio antigo e cheio de versões diferentes sobre ele ter mordido (ou não) um morcego durante um show.
"Claro. Tenho uns problemas simples para resolver, só isso. Mas tudo comigo é exagerado. É sempre assim. Se eu dou um tapa num bicho, sai no jornal que eu o mordi", conta Ozzy, brincando com o episódio antigo e cheio de versões diferentes sobre ele ter mordido (ou não) um morcego durante um show.
MALUCO E BOBÃO
Sua participação no reality show "The
Osbournes", gravado com sua mulher e os filhos, faz com que todos o vejam
como alguém totalmente maluco ou, pelo menos, muito bobão. Mas ele diz que não
liga a mínima.
"Não me importo. Pensem o que quiserem.
Provavelmente sou mais maluco do que eles possam imaginar. Mas meu negócio é
cantar, o programa chamou a atenção, então foi bom." Ele talvez volte à
TV, em um projeto de documentário com seu filho, Jack.
Ozzy está nesse Monsters ao lado de outras lendas
do rock. Neste sábado, antes dele se apresentam Motörhead - com outro decano do
metal, Lemmy - e Judas Priest. No domingo, o Kiss fecha a noite, depois de
outros veteranos como Manowar, Accept e Judas, única atração a tocar nos dois
dias de festival.
Os dias são abertos por
bandas mais jovens, mas Ozzy não se empolga em ver roqueiros novatos. "Não
mesmo. Não acredito em coisa nova do rock. Não vou sair de casa para ver
cópias. Um dos últimos shows que assisti foi o de Paul McCartney, em Los
Angeles." O "Príncipe das Trevas" é fã de Beatles e Frank
Sinatra.
fonte: FOLHAPRESS